A palavra Folclore, segundo o dicionário significa conjunto das tradições, conhecimentos ou crenças populares expressas em provérbios, contos ou canções. Folclore é tudo que simboliza os hábitos do povo, que foram conservados através do tempo, como conhecimento passado de geração em geração, por meio de lendas, canções, mitos, hábitos (incluindo comidas e festas) , utensílios, brincadeiras, enfeites. Para conhecermos a história de um povo, de um país ou de uma região do país é importante que conheçamos a sua cultura, suas tradições, ou seja o seu folclore. O folclore é também uma forma de manifestação cultural dos povos. No Brasil o folclore recebe influências determinante dos povos que aqui já habitavam como os índios, e os que vieram depois como os negros e os brancos. Desde 1965 , no Brasil, temos um dia oficial para comemoramos as nossas tradições folclóricas: o dia 22 de agosto é o dia do folclore. Fazem parte do nosso folclore as canções de ninar que são passadas de pais para filhos, cantigas de roda, brincadeiras, jogos, lendas e mitos, superstições, artes. Além disso, as danças típicas das regiões e as festas típicas como a Festa do Boi (do Boi-bumbá ou Bumba-meu-boi que recebe outros nomes dependendo do estado) as festas juninas, Carnaval, o Maracatu entre outras são todas manifestações do nosso folclore. Os utensílios usados por nossos antepassados (brancos, negros e índios) para caça, pesca , artesanato e outros, tudo faz parte do folclore. Folclore é cultura e quem estuda as tradições folclóricas de um povo estuda a sua história. Alguns estudiosos consagrados das tradições folclóricas do nosso país foram: Luís da Câmara Cascudo, Jerusa Pires Ferreira e Veríssimo de Melo. O autor Monteiro Lobato por meio das suas obras também ajudou a propagar lendas e mitos do Brasil. O Brasil é um país muito grande, por isso cada região do país tem sua tradição folclórica. Algumas vezes o que muda é o nome de uma determinada festa, lenda ou outra tradição, outras vezes uma festa é mais tradicional em uma região do que em outra, assim como comida, música e danças. Na Região Sul- Temos as danças típicas conhecidas como congada, chula, entre outras. Algumas das festas tradicionais desta região são: a festa de Nossa Senhora dos Navegadores; a festa da uva, festa da cerveja, Além das festas juninas e outras que são tradicionais em todo o país. As lendas mais conhecidas nesta região são: O Negrinho do Pastoreio, O Boitatá, O Curupira, O Saci-pererê, entre outras. As comidas típicas são o churrasco, o arroz-carreteiro, a feijoada, o chimarrão (bebida feita com erva-mate, tomado em uma cuia) Na Região Sudeste podemos destacas as danças típicas: fandango, o batuque, a folia de reis, entre outros. As lendas mais conhecidas são: O Lobisomem, A Mula-sem-cabeça, A Iara. As comidas típicas são tutu de feijão, feijoada, entre outras. A região Centro-Oeste podemos destacar a congada, a folia de reis nas danças típicas . A tourada é uma festas bem tradicional. Entre as lendas a do Lobisomem e do Saci-pererê são das mais conhecidas Entre as comidas típicas estão os pratos preparados com os peixes dos rios da região. Na Região Nordeste Podemos destacar as danças típicas: frevo, o bumba-meu-boi, o maracatu, as cirandas, o baião. As festas tradicionais são muitas, algumas delas: do Senhor do Bonfim, da Iemanjá, Paixão de Cristo, as romarias como a de Juazeiro do Norte no Ceará, Vaquejada. Na Região Norte Temos as festas do Boi- bumbá, as festas indígenas e outras. O carimbó e a ciranda são algumas das danças típicas da região. As lendas podemos destacar a da mãe-d’água, O Curupira, da Vitória-régia, do Uirapuru. O que citamos aqui é bem resumido, pois a riqueza do nosso folclore é imensa, daria uma pesquisa ENOOORRRMEEE! Boi tatá nome boitatá vem da língua indígena e quer dizer cobra de fogo. Durante o dia o Boitatá não enxerga nada, à noite ele enxerga tudo. Diz a lenda que certa noite a lua não apareceu, nem as estrelas no céu, a escuridão era total, era um breu. Passado algum tempo, o sol também não surgiu e ficou tudo na escuridão por vários dias. As pessoas que moravam nos vilarejos estavam passando fome e frio. Não havia como cortar lenha para os braseiros que mantinham as pessoas aquecidas, nem como caçar naquela escuridão. Pra piorar tudo, começou a chover sem parar. A chuva inundou tudo e muitos animais acabaram morrendo. Uma cobra boiguaçu que dormia num imenso tronco acordou faminta e começou a comer os olhos de animais mortos que brilhavam boiando nas águas. Alguns dizem que eles brilhavam devido a luz do último dia em que os animais viram o sol. De tanto olhos brilhantes que a cobra comeu, ela ficou toda brilhante como fogo e transparente. A cobra se transformou num monstro incandescente, o Boitatá. Dizem que o Boitatá assusta as pessoas quando essas viajam na mata à noite. Mas muitos acreditam que o Boitatá protege as matas contra incêndios. De qualquer forma se você encontrar um Boitatá, use óculos escuros ou feche os olhos e fique bem paradinho quase sem respirar. Caipora ou curupira É uma lenda de origem indígena. Também chamado de Caiçara, Pai ou Mãe-do-mato, quando se imagina ser uma entidade mulher. Entre os índios Tupis-Guaranis, existia uma outra variedade de Curupira, chamada Anhanga, um ser maligno que causava doenças ou matava os índios. Há relatos de entidades semelhantes entre quase todos os indígenas das Américas Latina e Central. Dizem que ele é um menino de cabelos vermelhos e com os pés virados para trás, para despistar quem quiser seguí-lo. Algumas pessoas descrevem o Curupira como um índiozinho montado em um porco selvagem, outros dizem que tem o corpo coberto por pêlos. Ele cuida das animais da florestas, protegendo contra a devastação das florestas e a caça de animais. Quando entramos na mata e ouvimos barulhos estranhos pode ser ele. Ele é tão rápido que muitas vezes ao passar pela mata, parece um vento forte. Ao entrar numa mata deve-se levar uma oferenda para o Curupira, assim ao agradá-lo não se perderá na mata. O Curupira tem o poder de ressuscitar qualquer animal morto sem sua permissão. Os índios guaranis dizem que ele é o “ Demônio da Floresta”. Há relatos dos jesuítas, na época da colonização do Brasil, de que os índios temiam muito o Curupira. Variação: Caipora O nome Caipora vem do tupi e quer dizer morador do mato. Pode ser masculino ou feminino. É uma entidade fantástica pertencente à mitologia tupi, representado de diferentes formas dependendo da região do Brasil. Em alguns lugares dizem que tem forma de uma mulher unípede que anda aos saltos, em outros lugares dizem que é uma criança de cabeça grandíssima. No Sul do Brasil é, em geral, apresentado como um gigante peludo dotado de enorme força física. Nos estados de outras regiões é representado como um pequeno índio, escuro, ágil, nu ou usando tanga, fumando cachimbo, doido por cachaça e por fumo. Aparece, às vezes, cavalgando um porco-do-mato enorme e agitando um galho de japecanga. Outras vezes está sempre seguido por um cachorro. Para alguns, trata-se de uma versão do Curupira, mas sem os pés voltados para trás. Em todas as versões, porém, o Caipora é um protetor dos animais e da mata. Reina sobre os animais, e fez pactos com os caçadores: permite-lhes caçar, em troca de um pouco de cachaça e de fumo, mas castiga-os quando matam mais animais do que o combinado, ou filhotes e fêmeas com crias, quando caçam nas sextas-feiras ou quando não lhe dão o prometido. Vários poderes lhe são atribuídos: o de assobiar para enganar os caçadores; o de surrar os cachorros mateiros; e o de ressuscitar os animais mortos sem sua permissão, apavorando os caçadores. Quem encontra o Caipora fica sem sorte nos negócios ou em qualquer empreendimento, azarado. Saci pererê Menino negrinho, levado e arteiro Só tem uma perna, mas salta de lá pra cá o dia inteiro A carapuça vermelha o deixa invisível Adora traquinagens, se acha invencível. Fuma cachimbo E tem joelho machucado Mas não se engane, Ele não é nenhum coitado. Ele mora no mato E dele toma conta Com os caçadores desavisados Ele sempre apronta Ele é bom, mas é bagunceiro Se diverte com a confusão Some com objetos Faz trança nas crinas dos cavalos E adora bagunçar no fogão Se o leite queimar, a comida estragar Pode ser coisa do Saci! O saci adora assobiar É o seu jeito de marcar presença No meio de um rodamoinho de areia Chega fazendo bagunça Iara ou Mãe D’Água Lenda de origem indígena, muito comum na região Amazônica. Ela é uma sereia, metade mulher (da cintura pra cima) e metade peixe (da cintura pra baixo). Possui longos e lindos cabelos, alguns dizem que parece uma índia com cabelos negros, outros dizem que possui cabelos loiros ou até ruivos. Ela hipnotiza os homens com o seu canto e com o seu olhar. Ao ouvirem seu canto lançam-se nas águas para irem ao seu encontro e na maioria das vezes acabam morrendo afogados. Ela sai da sua casa no fundo do mar, ou do lago ou do rio, geralmente no final da tarde e surge linda e sedutora a procura de um companheiro. É difícil um homem resistir ao seu canto hipnotizador ou à sua beleza. Por isso meninos ao se depararem numa situação dessas tapem os ouvidos e procurem não olhar para ela. Lobisomem Segundo a lenda se um casal que teve 7 filhas tiver um menino depois este será um Lobisomem. Aos 13 anos começa a sofrer a maldição e se transforma em um Lobisomem. Dizem alguns que há outras formas de passar a maldição adiante: quando um velho Lobisomem sente que vai morrer, ele fica sofrendo muito até passar o “encargo” a alguém mais moço. E não consegue morrer antes disso. Se tem algum jovem por perto, ele pergunta: "Tu queres?". Ingenuamente o jovem responde “ sim” acreditando ser uma herança ou um presente. Só assim o velho morre satisfeito, tendo passado a maldição adiante ele terá paz de espirito. Outra forma de sofrer da maldição é se um homem for atacado por um lobo ou por um Lobisomem e sobreviver. O homem que se transforma em Lobisomem é sempre bem magro, de olhos fundos, muito pálido. Quase sempre mora sozinho, muitos o acham um pouco esquisito. As noites de Quinta para Sexta-feira são as noites da transformação, há pessoas que dizem que á transformação só ocorre nas noites de lua cheia. Ele retorna à forma humana antes do dia clarear. Seu uivo é de arrepiar! Ataca qualquer um que cruzar o seu caminho, tem gente que diz que ele só ataca se sentir-se ameaçado. Em alguns lugares do Brasil e do mundo,pois essa é uma lenda comum em vários países, referem-se ao Lobisomem como um ser imortal, que não envelhece, não fica doente e se machucado possui uma cicatrização rápida. Dessa forma, só é possível matar o Lobisomem com um revólver que utilizar uma bala de prata. A mula-sem-cabeça Dizem que é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Daí por diante, toda madrugada de quinta para sexta-feira ela se transforma em Mula-sem-cabeça. Ela percorre sete povoados e quem ela encontrar pelo caminho ela ataca, come seus olhos, unhas e dedos. Quem já a viu costuma dizer que apesar do nome ela tem cabeça sim, mas como lança fogo pelo nariz e pela boca, sua cabeça fica toda coberta por fumaça. Nas noites em que ela aparece é possível se escutar seus relinchos e seu galope, parece um cavalo enfurecido. Ao encontrar a mula deve-se deitar no chão, esconder unhas e dentes para não ser atacado. Se alguém corajoso conseguir arrancar os freios da sua boca a maldição é quebrada para sempre e ela vira mulher novamente. O boto O Boto é uma animal mamífero, parecido com um golfinho, que vive nas águas dos rios. O Boto-cor-de-rosa rosa que deu origem à lenda do Boto vive nas águas da Bacia Amazônica Brasileira e do bacia do rio Orinoco na Venezuela. Podem chegar a medir quase três metros na idade adulta e apresentam podem apresentar coloração rosa, acinzentada(tucuxi) e preta. Diz a lenda que ao anoitecer o Boto se transforma em um belo rapaz, alto e forte e sai a procura de diversão,festas e uma namorada. Vai a várias festas, dança muito, costuma beber bastante também. Antes do amanhecer ele tem que voltar para o rio, pois senão transforma-se em boto novamente. Algumas pessoas relatam que o boto se transforma em um rapaz elegante, bem vestido e que sempre usa chapéu(para esconder um orifício que possui na cabeça). Nas festas ele geralmente seduz alguma mulher bonita, casada ou não, a convida para dançar e depois saem da festa para namorar. Antes do amanhecer ele retorna ao rio, deixando a namorada que geralmente não torna a vê-lo. Pouco tempo depois a moça descobre que ficou grávida do tal moço. Na região Amazônica sempre que uma moça solteira engravida suspeita-se logo que se trata de um filho do boto. Dizem que o boto adora as índias e gosta muito de mulheres com roupas vermelhas. Postado por: Turma de Mídias Cordina
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
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